O glaucoma é a maior causa de cegueira irreversível no Brasil e no mundo. É causado por um aumento da pressão intraocular, que leva a um pressionamento do nervo óptico. Esta pressão acontece devido ao aumento de um líquido chamado de humor aquoso, que é produzido na parte anterior do olho ou por uma deficiência de sua drenagem através de seu canal.
Após algum tempo sem o devido tratamento, o nervo pode perder a sua função, levando à cegueira.
Há vários tipos, e no caso crônico, que se desenvolve lentamente, não apresenta sintomas a princípio. Os primeiros efeitos só aparecem quando a doença já está desenvolvida e exigindo ainda mais atenção. O agudo, por outro lado, se manifesta rapidamente e requer ajuda médica rápida para prevenir lesões maiores.
Tipos de glaucoma
Para entender, então, as causas do glaucoma, é preciso conhecer seus tipos. Podemos dividir a doença em quatro tipos:
Glaucoma de ângulo aberto (crônico)
É o tipo mais comum da doença, sendo responsável por 90% dos casos e tende a ser hereditário.
A princípio, é assintomático e leva tempo para causar algum dano à visão, isso porque o dano no nervo acontece de forma lenta. Nos estágios mais avançados da doença, apresenta sintomas como perda gradual da visão.
Glaucoma de ângulo fechado (agudo)
O tipo agudo do glaucoma acontece quando a saída do humor aquoso é bloqueada, causando muita dor, enjoos e vômitos, visão embaçada e vermelhidão.
Esse caso exige cuidado imediato, pois pode causar cegueira irreversível em pouco tempo.
Glaucoma congênito
O glaucoma congênito é transmitido geneticamente, geralmente herdado da mãe durante a gestão e se manifesta logo no nascimento ou nos primeiros anos de vida.
É um tipo raro da doença, mas que exige tratamento imediato.
Glaucoma secundário
Esse tipo de glaucoma é causado pelo uso de medicamentos como corticosteroides ou por doenças como a diabetes.
Embora o melhor jeito de diagnosticar a doença seja indo ao oftalmologista com frequência, iremos falar sobre os 4 principais sintomas de glaucoma.
Os 4 principais sintomas do glaucoma
1 – Dores nos olhos e na cabeça
Esse sintoma é frequente nos casos agudos da doença e é comum sentir dores fortes nos olhos, na cabeça e na testa.
A dor é causada pelo aumento da pressão que faz os nervos “reagirem”, transmitindo a sensação da dor. Se as dores forem muito intensas, é provável que a condição seja aguda e é necessário cuidado médico urgente.
2 – Contornos nos objetos
Também chamados de “halos”, o surgimento de contornos nos objetos é causado pelo reflexo da luz e da sensibilidade do globo ocular. A princípio, podem ser bem pequenos, ou imperceptíveis, mas conforme a doença avança, o reflexo torna-se maior e dificulta a visão.
3 – Diminuição do campo de visão
Esse é um dos principais sintomas do glaucoma e geralmente é sentido logo no início da doença. A sensação é de que seu campo de visão está ficando menor.
Conforme a doença progride, o campo da visão vai afunilando cada vez mais e fica cada vez mais difícil enxergar, levando a uma perda gradual da visão.
4 – Sensibilidade a luz
A sensibilidade à luz dá uma sensação de estranheza e incômoda aos olhos. Em certos casos, ela é perfeitamente normal e, em outros, é sintoma para muitas condições oculares.
No glaucoma, entretanto, ela aparece de maneira pronunciada. A sensibilidade é considerada excessiva e pode haver, até mesmo, aversão do paciente em relação ao contato com a luz direta ou intensa.
Esse sintoma, por si só, não serve para caracterizar o glaucoma, mas ajuda a dar pistas.
O glaucoma raramente mostra sintomas em seu início, quando o tratamento é mais eficaz. Nos estágios iniciais só pode ser diagnosticado por testes oculares regulares para pessoas com fatores de risco, que são:
- idade acima de 45 anos,
- histórico familiar deste diagnóstico, diabetes, histórico de pressão intraocular elevada, miopia alta, histórico de lesões no olho, uso frequente de cortisona (esteróides) no olho, por via oral ou injetável, hipermetropia,
- ascendência racial negra.
Ao reconhecer os principais sintomas do glaucoma, é possível atentar-se aos sinais que essa doença dá. Porém, o jeito mais seguro é procurar um oftalmologista e fazer exames regulares para garantir que tudo está como deveria.