PTERÍGIO

Piterigio

O Pterígio, popularmente chamado de “carne no canto do olho”, consiste em uma lesão benigna causada pelo crescimento fibrovascular de um tecido conjuntival  em direção à córnea. Sua denominação vem do grego pteron (asa) como referência ao seu formato triangular. O pequeno espessamento rosado e algumas vezes elevado usualmente se forma no canto interno do olho, porém pode ocorrer na porção externa da conjuntiva.

O pterígio é uma lesão que geralmente cresce lentamente ao longo da vida. Em algumas situações tende a se estabilizar e parar de crescer. Em casos avançados, o pterígio pode crescer de tal maneira que cobre a pupila e interfere com a visão.

SINTOMAS


O pterígio não é, normalmente, um problema grave. Em determinadas circunstâncias o pterígio é assintomático. Pode, no entanto, provocar alguma sintomatologia e sinais bastante desagradáveis. Entre os sintomas mais comuns, podemos incluir:

  • Sensação de corpo estranho no olho;
  • Visão turva;
  • Prurido ocular;
  • Sensação de ardência e queimação.

O pterígio pode crescer progressivamente sobre a córnea (a camada clara, externa do olho), podendo distorcer a córnea e causar astigmatismo.

CAUSAS


O pterígio pode estar relacionado a herança genética, ou seja, se você ou outros membros da família também o possuírem, é bem provável que seus filhos também o apresentem.

O pterígio é mais frequente em adultos jovens com idades entre os 20 e os 40 anos e parece ser mais comum em homens do que em mulheres. O pterígio é, muitas vezes, precedido de outra alteração da conjuntiva designada de pinguécula. A pinguécula é uma espécie de neoformação amarelada na conjuntiva perto da córnea e apresenta os mesmos fatores de risco do pterígio, especialmente a exposição frequente ao sol.

Dentre as causas para o surgimento do pterígio destacam-se as seguintes:

  • Genética;
  • Exposição prolongada à luz ultravioleta (luz do sol);
  • Olho seco;
  • Irritantes como poeira e vento.

PREVENÇÃO 


Os óculos escuros podem proporcionar a melhor proteção contra a luz ultravioleta (UV), poeira e vento. É importante proteger os olhos na condução de veículos também, porque ao contrário do para-brisas dianteiro, a maioria das janelas laterais do carro não fornecem proteção UV adequada. Mesmo nos dias nublados a luz ultravioleta pode penetrar através das nuvens. Escolha óculos de sol que ofereçam uma boa proteção contra os raios ultravioleta.

O tratamento contra olho seco também é uma importante maneira de se prevenir contra o surgimento ou crescimento do pterígio. Uso de lágrimas artificiais, evitar ambientes com ventilador ou ar condicionado por períodos prolongados e o tratamento de doenças da pálpebra, como a Blefarite, são outras medidas importantes.

TRATAMENTO


O pterígio, geralmente, não requer tratamento. Nas formas iniciais é realizado apenas com colírios lubrificantes ou vasoconstritores para aliviar os sintomas e diminuir a vermelhidão. Se houver agravamento temporário do problema, devemos tratar o pterígio com colírios anti-inflamatórios.

Em determinadas circunstâncias, é necessário efetuar tratamento cirúrgico.

A cirurgia consiste na remoção ou exérese do pterígio. O recurso à cirurgia para remoção do pterígio apenas deve ser equacionado em determinadas circunstâncias:

  • Quando os tratamentos conservadores falharam;
  • Quando a acuidade visual do doente está comprometida;
  • Quando o doente está incomodado com a aparência estética.

A cirurgia é realizada em centro cirúrgico, com anestesia local (ou seja, o paciente fica acordado durante o procedimento), o procedimento pode ser com sutura ou cola com substância adesiva biológica, e no mesmo dia o paciente vai para casa com um curativo no olho. A cirurgia, por vezes, utiliza a própria conjuntiva do doente ou membrana amniótica preservada para recobrir o espaço vazio criado pela remoção do pterígio. Neste procedimento o pterígio é removido e a membrana amniótica ou a conjuntiva é colada ou suturada na área afetada (enxerto ou transplante).

Na cirurgia de pterígio, entre os principais riscos e complicações encontra-se a recidiva após a remoção ou exérese de pterígio.

Sem um enxerto conjuntival ou amniótico, a taxa de pterígio recidivado pode ser elevada (cerca de 30%). A remoção de pterígio com um enxerto conjuntival ou amniótico, está associada a um menor risco de recidiva que pode oscilar entre 5% e 10%.

As complicações cirúrgicas podem também incluir cicatrização da córnea e perfuração da própria córnea ou da esclera. Em alguns casos, a remoção cirúrgica de pterígio pode induzir o surgimento ou alteração no grau do astigmatismo.

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