CIRURGIA DE PTERÍGIO

Cirurgia de Piterigio

CIRURGIA DO PTERÍGIO ou exérese de pterígio é feita em centro cirúrgico, com anestesia local. Dura cerca de 30 a 60 minutos e a pessoa vai para casa no mesmo dia, com curativo no olho. Nos primeiros dias, o olho fica vermelho e irritado, mas com o uso dos colírios vai voltando ao normal em alguns dias ou semanas.

Existem várias técnicas para a CIRURGIA DO PTERÍGIO. Em todas elas, realiza-se a retirada total do pterígio. A diferença é o que é colocado no local onde antes havia o pterígio. Na técnica mais simples, não se coloca nada no local. Em outras técnicas associa-se a excisão do pterígio o recobrimento da área exposta com um enxerto ou retalho da conjuntiva do próprio paciente (autotransplante conjuntival) ou com membrana amniótica (tecido retirado da placenta e processado em laboratório especializado). Esses enxertos são fixados à região receptora com sutura ou, mais atualmente, são literalmente colados com uma substância adesiva biológica própria para este fim.

O uso desta substância diminui o tempo cirúrgico, diminui o desconforto pós-operatório, reduz a taxa de recorrência do pterígio e diminui também o tempo de recuperação pós-operatória. Além disto, com uso da substância adesiva não há a necessidade de traumatizar a área pós-operatória ao retirar a sutura, o que geralmente acontece entre 10-14 dias no consultório oftalmológico utilizando uma pequena agulha.

O PTERÍGIO PODE VOLTAR?


Sim, o pterigio pode voltar mesmo após a cirurgia. Por isso é importante a realização dessas técnicas mais modernas, com a colocação de membrana amniótica ou o transplante conjuntival. O uso da mitomicina C também diminui a chance do pterígio voltar após a cirurgia.

Em algumas situações, alguns oftalmologistas utilizam um medicamento chamado Mitomicina C para diminuir a chance do pterígio voltar. Ele pode ser usado durante a cirurgia ou no pós operatório na forma de colírio.

A chance de recorrência do pterígio pode ser maior que 60% se não for utilizado o transplante durante a cirurgia. Com esta técnica de recobrimento conjuntival e uso da substância adesiva biológica a reincidência pode diminuir para 5%. Aproximadamente 97% dos casos de recidiva ocorrem nos primeiros 12 meses após a cirurgia.

O QUE CAUSA ESSA DOENÇA?


Existe um fator genético envolvido. Filhos de pessoas que são portadoras de pterígio apresentam uma chance maior de desenvolver a doença. O pterígio é mais comum em em pessoas que trabalham expostas ao sol (pescadores, trabalhadores rurais etc). E além disso, ocorre com mais frequência em homens a partir dos 30 anos.Pelo que foi dito acima, podemos ver que o principal fator de risco para o surgimento do pterígio é a exposição à luz solar.

QUAL A EVOLUÇÃO DO PTERÍGIO?


No começo, o pterígio é pequeno e só é possível ver pequenos vasos sanguíneos na região próxima a córnea. Com o tempo, o pterígio fica mais grosso, os vasos mais calibrosos e o tecido avança sobre a córnea, em direção ao seu centro, a pupila (aquela “bolinha” preta no centro do olho). Quando o pterígio atinge ou chega perto da pupila ele já começa a afetar a visão. Essa evolução é lenta, ao longo de meses ou anos.

CONHEÇA OS SINTOMAS


O principal sintoma do pterígio é a vermelhidão do olho. Essa vermelhidão se localiza principalmente no canto do olho, próximo do nariz. Além disso, também ocorre ardência, lacrimejamento,  dificuldade em manter os olhos abertos na claridade (fotofobia) e sensação de areia nos olhos.

O PTERÍGIO PREJUDICA A VISÃO?


Sim. O pterígio pode prejudicar a visão de duas formas. A primeira é tracionando a córnea e consequentemente, distorcendo a formação das imagens (causando astigmatismo). A outra forma é quando ela tampa o eixo visual, isto é, cobre a pupila (também chamada de “menina dos olhos”), causando diminuição da visão por opacificação do eixo visual.

TRATAMENTO


O tratamento do pterígio nas formas iniciais é realizado apenas com uso colírios lubrificantes e/ou vasoconstritores para aliviar os sintomas e diminuir a vermelhidão. Mas quando a doença aumenta, o único tratamento possível é a cirurgia.

Menu